segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A organização da gestão escolar na Escola estadual Vicente de Fontes

A Escola Estadual Vicente de Fontes possui atualmente 42 funcionários para atender a um número de 405 alunos matriculados em 15 turmas do 1º ano do ensino fundamental anos iniciais até a 3ª série do ensino médio. Consideramos que a gestão da escola é democrática porque as decisões são tomadas com base na melhoria da escola com o apoio do Conselho Escolar. Ademais, o processo de escolha da gestão ocorre por meio de eleições para diretor, algo justo já que é escolhido o representante da vontade da maioria dos membros da comunidade escolar, encorajando-o para a liderança em rumo de uma educação de qualidade.
Na função de diretor busco sempre resolver os diversos problemas do dia a dia por meio do diálogo, sempre em conformidade com a equipe gestora e o Conselho Escolar. É atribuição do diretor gerenciar com responsabilidade e compromisso toda a Instituição de Ensino no que compete a secretaria, o setor financeiro, a gestão de pessoal e acompanhamento pedagógico. Busco no respeito com os funcionários manter a ética, valorizando a experiência profissional e adquirindo aprendizado, assim como, compartilhando com os novos aprendizados que os colegas precisam adquirir para melhor desenvolverem sua função. O período que assumir a direção da escola foi com a finalidade de contribuir para o bom funcionamento da instituição. Então, observo a função de cada funcionário e oriento para desenvolvê-la com eficiência, reorganizando caso necessário com base nas habilidades de cada um. Corrigi alguns desvios de função que ocorria a algum tempo e dei suporte e acompanhamento, incentivando o próprio funcionário da escola a desenvolvê-la, já que algumas vezes se buscam auxílios extra escola para tarefas que é inadmissível que não seja realizada na própria escola na competência do servidor que está ocupando legalmente aquela função.
Como atribuições de atividades o gestor enfrenta algumas dificuldades porque algumas vezes pode se deparar com funcionários que se encontram em uma zona de conforto e num círculo vicioso de comodismo há muitos anos que não está preocupado com o bom funcionamento do Estabelecimento de Ensino, buscando apenas atender a seus interesses particulares. 
Na Escola Estadual Vicente de Fontes, a vice-diretora organiza a distribuição de carga horária e horário de aulas dos professores e gerencia junto comigo os funcionários na execução de suas tarefas, assim como para resolução e diálogo de desavenças de alunos e funcionários, deixando para o diretor os casos considerados mais delicados.
No que se refere ao relacionamento com os alunos represento uma postura de seriedade e respeito, combatendo a indisciplina com o diálogo, e quando esgotadas as tentativas aplica-se uma medida socioeducativa, mas com muita precaução, respeitando o Estatuto da Criança e do Adolescente e obedecendo ao Regimento Interno da Escola.
Em nossa escola não há uma supervisora pedagógica, embora temos 15 turmas em funcionamento, número suficiente para alocar um servidor para essa função. Assim, temos somente uma coordenadora pedagógica para atender o ensino fundamental e médio. Por isso, há um  envolvimento do diretor e vice-diretora com um apoio maior nesse setor para suprir essa carência.
A inspetora escolar acompanha a matrícula dos alunos,  verificando toda a documentação necessária para compor sua pasta individual, gerencia os trabalhos de escrituração como a expedição de declarações, certidões e históricos escolares, o encaminhamento de certificados dos alunos para a Secretaria do Estado da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte – SEEC-RN, informa os dados da escola, professores e alunos no Educacenso, como também, gerencia o Sistema de Gerenciamento da Educação. Entretanto, como gestor sinto a necessidade de informatizar os trabalhos desse setor, mas existe uma dificuldade enorme das auxiliares de secretaria para manusear um computador para esses trabalhos burocráticos, agregado também a falta de espaço físico e aparelhos disponíveis exclusivamente para secretaria. Logo, uma simples declaração, certidão, etc. ficam na pendência do diretor que dentre suas várias ocupações ainda tem que realizar esses trabalhos. 
Para que as políticas sociais realmente aconteçam na prática, o gestor escolar  tem um papel relevante como agente de contribuição e acompanhar com responsabilidade e empenho a execução de programas, a saber: Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE; Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE; Programa Nacional de Transporte Escolar – PNATE; Programa Nacional do Livro Didático – PNLD; Programa Mais Educação – PME, dentre outros.
No intuito de garantir a execução e o bom funcionamento dos mencionados programas, eu não tenho me limitado somente as reuniões, e capacitações promovidas pela 15ª Diretoria Regional de Educação – DIRED e Secretaria do Estado da Educação e Cultura do Rio Grande do Norte – SEEC-RN, mas buscado conhecimento por meio da participação no Curso Formação do Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE que proporciona de forma objetiva e clara informações relevantes que contribuem significativamente para uma melhor prática gestora no que se refere aos Programas desenvolvidos pelo FNDE. Sabemos que a tarefa de um diretor é árdua e nosso tempo é consumido rapidamente na escola durante o dia, proporcionando desgaste físico e mental durante a semana. Porém, a formação continuada é necessária para melhor desempenharmos nossa função. Logo, devemos fazer um esforço a mais para continuarmos estudando na perspectiva de que esses aprendizados nos ajudam na superação das nossas dificuldades e deficiências.
Portanto, sobrecarregado no acompanhamento do setor administrativo financeiro, da secretaria e do pedagógico e frustrado na não resolução de problemas como a falta de professor em algumas disciplinas, sofrendo com as pressões de pais de alunos, juntamente com a necessidade da formação continuada agregada ao cansaço físico e mental estou quase convicto de que não serei candidato a reeleição para diretor de escola para o próximo biênio. 

(Texto produzido por Rosamilton Lima para a Sala Ambiente Políticas e Gestão na Educação pela Especialização em Gestão Escolar pela UFRN)

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