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Nesta atividade apontamos as estratégias da
meta 7 do Plano Nacional de Educação que estão em desenvolvimento no nosso
campo de atuação profissional e ao lado de cada uma delas colocamos ações
correspondentes. Além disso, no ensejo tecemos comentários significativos com
base em nossa vivência das dificuldades para que as referidas estratégias sejam
realizadas.
ESTRATÉGIAS DA META 7
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AÇÕES
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7.1) estabelecer e implantar,
mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação
básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino
fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local;
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- Realização de encontros para estudos e criação
de uma proposta curricular para o Ensino Fundamental e Médio, considerando a
vivência do professor e seu conhecimento acadêmico para sugerir um currículo
direcionado a realidade regional, estadual e local.
* Vale salientar que existe uma enorme dificuldade
para elaboração de uma proposta curricular, tendo em vista a falta de
formação técnica de muitos professores que desmotivados pelo seu plano de
cargo e carreira, não buscam capacitação e também não possuem conhecimento
técnico para sugerir mudanças no campo educacional.
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7.4) induzir processo contínuo de
autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de
instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas,
destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua
da qualidade educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da
educação e o aprimoramento da gestão democrática;
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-
Reuniões frequentes para discussão dos resultados de avaliações externas,
assim como, apresentação de resultados do desempenho dos alunos
bimestralmente;
-
Reuniões ordinárias e extraordinárias com o conselho escolar e com os membros
da caixa escolar para planejamento da aplicação dos recursos financeiros,
prestação de contas, discussão de problemas administrativos e pedagógicos
para tomada de decisão em conjunto para o desenvolvimento da instituição de
ensino e fortalecimento da gestão democrática;
-
Formação continuada em cursos, tais como: Especialização em Gestão Escolar
pela Escola de Gestores, Cursos de apoio a aprendizagem do aluno pelo
Formação pela Escola, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, Pacto
Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e outras formações promovidas
pela Secretaria do Estado da Educação e Cultura do Rio Grande do Norte, etc.
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7.7) aprimorar continuamente
os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de
forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados nos anos finais do
ensino fundamental, e incorporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada
a sua universalização, ao sistema de avaliação da educação básica, bem como
apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas e redes de
ensino para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas;
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-
Discussão em reuniões pedagógicas sobre os resultados das avaliações externas
e planejamento de ações para melhorias do desempenho dos alunos nesses
exames;
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Participação em formações sobre provinha Brasil, prova Brasil que servem como
parâmetro para medir a qualidade da educação em nosso país.
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7.8) desenvolver indicadores
específicos de avaliação da qualidade da educação especial, bem como da
qualidade da educação bilíngue para surdos;
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-
Esforço e dedicação do professor para trabalhar com surdo, repassando o
conhecimento por meio da linguagem de libras, inclusive para todos os alunos
para que possam conviver harmonicamente com o estudante com necessidade
especial.
* Não
há um profissional com capacitação adequada na linguagem de sinais, o
estudante tem que buscar um profissional capacitado uma vez por semana a 30
quilômetros de distância.
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7.12) incentivar o
desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais
para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar
práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a
aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas,
com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem
como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem
aplicadas;
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Elaboração e execução de um Projeto de Inovação Pedagógica no campo da
cultura e artes, que se propôs ao desenvolvimento de 20 atividades envolvendo
leitura, letramento e os meios tecnológicos com o intuito de promover saberes
para os alunos nas diversas áreas do conhecimento e uma inovação metodológica
para os professores de nossa escola.
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7.13) garantir transporte gratuito
para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na faixa etária da
educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da
frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento
compartilhado, com participação da União proporcional às necessidades dos
entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de
deslocamento a partir de cada situação local;
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- A
direção da escola envia bimestralmente para Secretaria do Estado da Educação
e da Cultura um relatório informando sobre a prestação de serviço do
transporte do escolar.
* O
adequado é que todos os alunos da zona rural sejam transportados em ônibus
escolares. No entanto, existem muitas dificuldades a respeito disso, a saber:
ônibus insuficientes para a demanda de alunos e os proprietários de veículos
como micro-ônibus , vans e bestas, não alocam esse tipo de veículo, alegando
baixa remuneração, atrasos em pagamentos, péssimas condições de estradas e
etc. Assim, a maioria de nossos alunos são conduzidos em carros abertos tipo
caminhonetes, expostos ao sol e a poeira.
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7.16) apoiar técnica e
financeiramente a gestão escolar mediante transferência direta de recursos
financeiros à escola, garantindo a participação da comunidade escolar no
planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da
transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática;
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- A
gestão da escola se empenha em promover a transparência na utilização dos
recursos financeiros que são recebidos do Fundo Nacional do Desenvolvimento
da Educação e do Fundo Estadual do Rio Grande do Norte, informando em
reuniões ordinárias e extraordinárias a entrada de recurso e decidindo junto
com o conselho escolar e o conselho fiscal em que são gastos, assim como
acompanham a execução desses recursos, analisando e assinando as prestações
de contas, sendo que todas as prestações são expostas em mural para
conhecimento de toda comunidade escolar.
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7.17) ampliar programas e
aprofundar ações de atendimento ao (à) aluno (a), em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
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- A
direção da escola se envolve em cursos de capacitação e aperfeiçoamento, a
saber: competências básicas, Programa Nacional de Alimentação Escolar -PNAE,
Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, Programa Nacional do Transporte do
Escolar -PNATE, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica –
FUNDEB, ofertados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação no intuito
de melhor apoiar e contribuir para a execução dos referidos programas
relacionados a instituição de ensino.
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7.22) informatizar integralmente a
gestão das escolas públicas e das secretarias de educação dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, bem como manter programa nacional de
formação inicial e continuada para o pessoal técnico das secretarias de
educação;
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-
Apoiar e incentivar os servidores para participarem de formações que
contribuam para a dinamicidade no ambiente de trabalho, assim como
proporcionar recursos tecnológicos para a execução de trabalhos
informatizados.
* Há
muitas dificuldades com relação a profissionais capacitados para execução de
trabalhos informatizados, pois muitos não possuem capacitação técnica para a
realização de tarefas dessa natureza e ainda resistem em se aperfeiçoarem,
devido as dificuldades com relação as ferramentas tecnológicas e também por
comodismo, o que resulta em sobrecarregar àqueles que tem conhecimento e
competência para desempenhar essas funções.
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7.23) garantir políticas de combate à
violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à
capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a
violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas
para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de
segurança para a comunidade;
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- Execução
de projetos que previnem os diversos tipos de violências como o Projeto
“conte até dez, valente é quem não briga” e o Projeto “vale sonhar que tem
como finalidade prevenir a gravidez na adolescência”, além de palestras que
tratem dessa temática.
*
Vale salientar que embora exista muitas dificuldades para o funcionamento do
Programa Projovem Campo Saberes da Terra devido a falta de interesse dos
alunos em estudar, a escola vem contribuindo e apoiando para que os jovens do
município de José da Penha na idade de 18 a 29 anos de idade consigam
concluírem o ensino fundamental.
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7.27) desenvolver currículos e
propostas pedagógicas específicas para educação escolar para as escolas do
campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos
culturais correspondentes às respectivas comunidades e considerando o
fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada
comunidade indígena, produzindo e disponibilizando materiais didáticos
específicos, inclusive para os (as) alunos (as) com deficiência;
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- A
nossa escola acompanha o Programa Projovem Campo Saberes da Terra e dá apoio
para o trabalho pedagógico, no intuito seguir um currículo que explore os
saberes culturais da localidade.
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7.28) mobilizar as famílias e setores
da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de
educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida
como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o
cumprimento das políticas públicas educacionais;
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- A nossa
escola executa o Programa Mais Educação em que as atividades são ministradas
por voluntários da comunidade.
- A gestão
da escola se esforça para que o conselho de escola seja um órgão fortalecido
e participativo, trazendo contribuições relevantes para administração de
nossa escola.
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A qualidade na educação brasileira ainda é um
desafio enorme. A escola Estadual Vicente de Fontes ao longo dos oitenta anos
de sua história busca sempre está comprometida com a educação dos alunos que
nela adquiriram, adquirem, aprimoraram, aprimoram e constroem saberes
primordiais para suas vidas. Embora, sabemos das dificuldades na execução de
programas fundamentais para o crescimento intelectual de nossos alunos, a
referida instituição se esforça para manter a sua função social que é de
promover conhecimentos para a comunidade que recorre a sua prestação de
serviços. É interessante mencionarmos para que ocorra a tão desejada qualidade
na educação que nós educadores sonhamos, dependemos de muitos fatores internos
como a dedicação dos funcionários, professores, alunos e pais de alunos, assim
como fatores externos como as políticas educacionais desenvolvidas pelos entes
federativos, estaduais e municipais, que devem estar em consonância em um
empenho de trabalho coletivo e com boa parceria, pois se não unirmos esforços e
trabalharmos com bom planejamento e articulação não conseguiremos obter
progresso para a melhoria neste setor.
Dessa forma, a sociedade brasileira deve
adquirir a consciência para primeiramente escolher bem seus representantes do
legislativo e executivo que são os gestores responsáveis pela política
educacional brasileira. Entretanto, é evidente que o nosso país não prioriza
educação, embora temos que reconhecer que utiliza do slogan de “Pátria
Educadora” como um bom trabalho de marketing. O Brasil vivencia uma crise
econômica, política e ética em que a imagem do político brasileiro não
representa confiança e credibilidade para a população que possui um senso
crítico mais aguçado e que oferece mais resistência em ser convencido e
enganado por muitos representantes do poder público. Neste caso, é utopia
querer acreditar que a qualidade da educação brasileira vai melhorar
significativamente.
É evidente que algumas conquistas eclodiram
como fruto de muita luta pela dedicação de educadores, mas ainda temos um longo
trajeto a percorrer para que de fato tenhamos uma educação de qualidade que
atenda as reais necessidades dos nossos estudantes, um ensino pautado na
justiça social, crescimento intelectual e humanizado, preparação para atender a
demanda do mercado de trabalho, preparação para exercer cidadania, atuando numa
sociedade com princípios morais e valores éticos que priorizem a dignidade
humana.
Portanto, a escola busca desenvolver seu
papel, contudo temos que reconhecer a nossa limitação. É interessante que nós
educadores e atores responsáveis pela transformação da melhoria da educação não
podemos demonstrar uma postura de derrotados e apresentarmos sempre essa visão
pessimista por não atingir os resultados que desejamos, mas mantermos uma
postura de reinvindicação e combate as práticas de corrupção e incompetência
que ocorrem em nosso país, para que se crie uma cultura de crença de que a
educação é um relevante instrumento para a transformação social de um país e
que precisa ser levada a sério. Assim, sempre buscamos contribuir para a
melhoria de nosso país.
Referências
BRASIL.
Ministério da Educação. Planejando a próxima
década: Conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. MEC.
Brasília, 2014.
RIO
GRANDE DO NORTE. Secretaria de Estado da Educação e da Cultura. Plano Estadual de Educação do Rio Grande do
Norte. SEEC/RN. Natal, 2015.
JOSÉ
DA PENHA. Secretaria Municipal de Educação. Plano Municipal de Educação: Documento base (2015-2025). SME. José
da Penha, 2015.
Rio Grande do Norte. Secretaria de
Estado da Educação e da Cultura. Projeto
Político Pedagógico: Escola Estadual Vicente de Fontes. José da Penha .
2013.
SAVIANI,
Dermeval. Retratos da escola / Escola de formação da confederação nacional dos
trabalhadores em educação. (ESFORCE). Entrevista.
V. 8, n. 15, jul./dez. 2014. Brasília. 2007.
(Atividade realizada por Rosamilton Lima para a Sala Ambiente "Tópicos Especiais" no Curso de Especialização em Gestão Escolar pela UFRN).
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